terça-feira, 1 de março de 2011

AVALIAÇÃO FORMATIVA NO ENSINO SUPERIOR

reflexões e alternativas possíveis.
Olenir Mendes começa seu texto já abordando as formas de avaliação praticadas na atualidade e sua defasação para os processos de formação, além de propor novos moldes de avaliação mais eficaz e de grande importância no desenvolvimento educacional. Por isso ela apresenta uma série de sugestões para a integração e ajuste do Currículo de Educação. Podendo se levar em conta sua capacidade e experiência na área da educação.
A discussão aborda questões que norteiam as práticas avaliativas processuais e formativas que acompanham o desenvolvimento do aluno a partir de reflexões sobre a avaliação praticada no ensino superior.
No atual processo avaliativo encontram-se dificuldades de definição do conceito “desenvolvimento do aluno”, que tem sido medido pela matemática das respostas erradas e das respostas certas para lançamento de uma nota “objetiva”. Que levará à produtos como aprovação e reprovação, que para a prática tradicional é o fundamento do desenvolvimento educacional do aluno.
Em geral deve-se avaliar além dessa forma. Deve-se avaliar em observações diárias do processo de ensino-aprendizagem. No molde ensino-aprendizagem, percebe-se que há um retorno para ser levado em conta, a apredizagem, que ultrapassa a condição de apenas lecionar conteúdos, mas também observar se ele (o conteúdo) está sendo aprendido pelos alunos.
Assim a nota, aprovação e reprovação serão as consequências dos estudos e não mais uma motivação para eles (os estudos).
Para Olenir Mendes, as práticas avaliativas ainda realizadas nas escolas que enfatizam os “testes” que (aparentemente) medem, verificam e classificam a aprendizagem dos alunos, só contribui para uma subjugação complexa de controle e reprodução social. Por detrás desta forma avaliativa, usa-se de sutileza para impor os processos capitalistas para a infindação de um conjunto autoritário, estratificado, hierárquico e com desiguldades em graduação de níveis.
Então vê-se proposto uma “avaliação formativa”, que trabalha em cima de processos contínuos de avaliação, e mostra que a avaliação não pode ser feita apenas em dias pré-estabelecidos.
“Mudar a forma de avaliar implica repensar todo o processo pedagógico, bem como todo processo de definição do currículo que definimos no ensino superior.”(MENDES 2005, p. 178). Esse pensamento tem interesse em revolucionar todo o processo avaliativo e abrange “todo o processo pedagógico”.
A partir desses processos os professores podem tomar uma de duas posturas. A primeira seria “reforçar uma realidade social seletiva e excludente”, que segundo Olenir Mende, é o o processo em atual decorrência. A segunda é:
 “se mobilizar para construção de altrnativas de avaliação que visam uma educação efetivamente democrática, que não seja apenas aberta a todos e essencialmente reservada a uns poucos detentores da cultura dominante, mas de fato democrática no sentido de oferecer condições concretas de inclusão àqueles que se encontram excluídos.” (MENDES 2005, p. 179)
Compreende-se nesses parâmetros a necessidades de se produzir um novo paradigma de avaliação em que:
Ø   O professor compreenda os limites e as possibilidades da avaliação na sociedade capitalista;
Ø   Os aspectos formativos da avaliação sobreponham-se aos técnicos;
Ø   O processo de avaliar seja compreendido como prática de investigação e não de classificação, daí as práticas de apreciações devolutivas serem constantes;
Ø   O ato de avalir esteja aliado ao desenvolvimento pleno do aluno em suas múltiplas dimensões (humana, cognitiva, política, ética, etc);
Ø   A avaliação sirva à formação, à implementação de políticas públicas e, só posteriormente à certificação, dentre outras.

Maria Olenir Mendes - Avaliação no ensino superior. 2005

Por Bruno Drumond Oliveira

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